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Fase 4 – Implementação (ou não) de uma ferramenta Estatística
Primeiro vamos definir conceitualmente o que é Estatística:
“A estatística utiliza-se das teorias probabilísticas para explicar a frequência da ocorrência de eventos, tanto em estudos observacionais quanto em experimento modelar a aleatoriedade e a incerteza de forma a estimar ou possibilitar a previsão de fenômenos futuros, conforme o caso.
Ou seja mais resumido: A estatística utiliza-se através das teorias probabilísticas para explicar a frequência
de fenómenos e para possibilitar a previsão desses fenómenos no futuro.
Difícil?? Nem tanto, poderiamos até entrar no detalhe dos típos de análises estatíticas existentes no mercao, mas este assunto renderia um livo e não é importante neste momento, o importante é que saindo da teoria e entrando na prática, a Estatística contribui muito para que a empresa tenha um diferencial competitivo muito grande, desde que bem aplicado.
Para as pequenas empresas, segmento SOHO e que não tem capital para investir nestas ferramentas, elas podem utilizam o Banco de Dados tipo ACCESS (por exemplo), o próprio software disponibiliza algumas facilidades para análises e agrupamento de dados. Apesar da fácil interação com a ferramenta, para se extrair com maior agilidade e diversidade de analises é importante que o usuário entenda o básico de uma modelagem de dados e um pouco de programação. Mesmo não tendo esse perfil é muito fácil e barato contratar alguém para fazer a programação inicial.
O Excel também é uma ferramenta que pode ser utilizada para estes tipos de extração e análises, lógico que para se ter um melhor aproveitamento deve-se saber trabalhar com a ferramenta em nível de usuário intermediário ou avançado. O próprio Excel disponibiliza um campo de ajuda muito prático e com uma linguagem fácil de ser entendida mesmo por principiantes.
Nos casos acima não é necessário neste primeiro momento utilizar ferramentas estatísticas, salvo se o usuário já tiver experiência neste tipo de softwares e já os tiver disponível.
Para empresas de Médio e Grande porte recomenda-se o uso de ferramentas estatísticas, neste caso é necessária a contratação de uma pessoa com formação em estatística e com conhecimento da ferramenta a ser contratada.
Existem no mercado várias empresas que comercializam e disponibilizam treinamentos para estes tipos de softwares como por exemplo: SPSS, SAS, STATA, Minitab entre outras.
O custo médio de uma ferramenta desta não é barato, um pacote básico não deve sair pó menos de $50.000 fora os custos que a empresa terá com a manutenção de uma pessoa focada na parte análises. O custo aumenta de acordo com a quantidade e tipo de licenças adquiridas. Em algumas delas você pode contratar módulos diferenciados como, por exemplo, o Clementine da SPSS, que é muito utilizado no desenvolvimento de modelos preditivos.
Em um resumo geral se a empresa tiver disponibilidade para ter uma ferramenta estatística vale a pena o investimento, os resultados são fantásticos e trazem um diferencial estratégico para empresa muito grande. (abordaremos mais destes diferencias quando falarmos de Segmentação mais adiante).
Fase 5 – Disponibilização das Informações Geradas
De nada adianta finalizar todas as etapas acima se as informações disponibilizadas não servirem como suporte para a estratégia da Empresa.
Muitos projetos de DBM acabam por perderem a credibilidade e conseqüentemente o investimento futuro por não saberem como demonstrar o real ganho que nada mais é do que a transformação de dados em informações.
Por isso a necessidade de que o líder do projeto esteja alinhado com as estratégias da empresa e que tenha em suas mãos uma equipe multidisciplinar composta por pessoas de várias áreas. Na fase de brainstorm do projeto é necessário e imprescindível já ter sido pontuado quais serão as áreas de maior consumo destas informações e como elas poderão ajudar no desenvolvimento dos projetos estratégicos.
Um bom exemplo é quando falamos em preparar a empresa para o tão esperado CRM, um dos primeiros projetos da equipe de DBM após ter validado todos os dados da base é o de criar uma segmentação para que se possa entender o perfil dos seus clientes. Para isso será necessário um estudo aprofundado das variáveis existentes na base (fase 2) principalmente nos dados transacionais e elaborar relatórios de perfis de áreas (regiões demográficas), canais (vendas) e fontes de dados externos que possam auxiliar no desenho da segmentação.
Um ponto muito importante, mas geralmente esquecido por muitos profissionais é o de que nem sempre o que é “espirrado” dos softwares estatísticos é realmente verdade para a empresa ou mercado de atuação, isto porque, estes resultados dependem muito da qualidade e escolha dos dados que foram colocados no “forno”.
Cabe ao Gestor da área ou projeto saber analisar o mercado de atuação, quais variáveis são realmente importantes e se o modelo realmente atenderá a opção estratégica da Empresa.
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